terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Diário de viagem: A Cordilheiro dos Andes.



Estando em Santiago um dos passeios mais empolgantes seria conhecer as estações de esqui do Valle Nevado, ser apresentado a Cordilheria dos Andes, sentir o rufar das asas de um condor planando nos seus imensos vales e ver a sombra das suas asas desenhando o topo do mundo. Não deu para nada disso: "El Condor passa". 
A Cordilheira dos Andes (em língua Quechua - Antis) é uma vasta cadeia de montanhas ao longo da costa ocidental da America do Sul com aproximadamente 8.000 km de extensão; é a maior cadeia de montanhas do mundo e seus trechos mais largos chegam a 160km de largura, de leste a oeste. Sua Altitude média gira em torno de 4.000 m e seu ponto culminante é o pico do Aconcagua com 6962m (localizado nos Andes Argentino a 112km da cidade de Mendonza). Esse conjunto de montanhas se extende da Venezuela até a Patagônia atravessando toda a America do Sul, caracterizando a paisagem da Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Chile, Bolivia e Argentina. São os países Andinos. 
O Valle Nevado está localizado no coração da Cordilheira dos Andes, a 3025 m  de altura, e é a maior estação de esqui da America do Sul, destacando-se as estações de Farellone, El Colorado e a própria, Valle Nevado, que é o ponto mais alto desses resorts de inverno.
O Valle fica a uma distância de 60 km de Santiago, ou seja, não é muito distante, mas em virtude da estrada ser sinuosa e ingreme a subida em automóvel - feita apenas por veículos credenciadas - é lenta e dura pelo menos 2 h. Em conversa com algumas pessoas que já tinham feito o passeio, tanto na época de inverno quanto no verão, confirmei o que já imaginava: só vale a pena ir no inverno para poder desfrutar da beleza da neve e das estações de esqui. No verão o local é deserto, nada de neve, apenas pedra, areia e mato seco.
Então, não tendo a oportunidade de conferir de perto as Cordilheiras o que nos restou foi tentar curtir de longe seus contornos durante nossa estadia em Santiago. A capital chilena é delimitada no leste e Oeste por essa cadeia de montanhas, ou seja em qualquer área da cidade pode ser visualizada no horizonte. Já nas cidades do litoral do Pacífico, onde estivemos por exemplo, em Valparaiso e Vina del Mar, não vimos qualquer vestígio de suas elevações, porém durante boa parte do trajeto que fizemos para essas cidades foi possível conferir.    



Vista a partir do Cerro de Santa Lucia - Santiago

Vista a a partir do Cerro de San Cristobal (prejudicada por causa da poluição) - Santiago.


Vista da Cordilheira a partir da Vinícula Santa Emiliana
 (visita rápida que visemos no caminho de Valparaiso) 



Ainda na vinícula
        


Na estrada - no caminho para Valparaíso.

 

A visão mais bonita que tive dos Andes não foi em terra firme mas sim de dentro do avião, planando feito um Condor. Escolhi a cadeira da janela exatamente para isso: fotografar. Quando o Condor subiu pude ver toda a imensidão das montanhas cortando oeste-leste o Chile. Vi aldeias encravadas nas suas encostas, pequenos lagos, rios resultante do degelo, e até, para o nosso prazer, um pouco de neve no cume dos pontos mais altos. Foi um espetáculo de aproximadamente 20 minutos. Valeu acordar às 3h da manhã me arrastando, chegar ao aeroporto às 4h cabaleando, e partir ainda sonolento às 5.45hs de volta para casa. 
Um dia voltarei, não no verão, mas no inverno, quando a neve tiver enfeitado deliciosamente o bico do Condor....


Primeira foto tirada de cima do Condor, ainda visualizando o verde
de plantações.
 
Vestígios de civilização em plena Cordilheira


Ao fundo, com um pouco de boa vontade, visualiza-se um lago
no meio do vale.
 
Toda a grandiosa dos Andes.
 
 
Olha a neve chegando !!!











O fim da neve: o degelo.
O resultado do degelo: cortando Santiago o rio Mapocho. 



(Janeiro/2013)

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